Virtualidade real
Não luto contra as fantasias,
sabido que sou virtual
na naturalidade dos dias
em que tudo é tão banal.
Não penso nem idealizo,
não tenho sonhos nem planos.
Sou fruto do meio que vivo,
sou resto dos desenganos.
E o pouco que espelha o presente
nessa realidade inconstante
é o muito que tenho de ausente
de um amor que está bem distante.
E se a vida a mim oferece
a chance de algo especial,
aproveito sem pensar duas vezes,
na virtualidade real...