As vezes, só as vezes...
Às vezes, só às vezes...
Às vezes, só às vezes.
Nos porões, nas alcovas.
Mais internas,
Ou nos sótãos que não abro
Nas primaveras
Nas louçarias porcelanizadas
Em azuis decorados por tempos
Esquecidos passados,
Às vezes, só às vezes
Nas estantes onde repousam os livros
A tristeza emerge tão abrupta e voraz
Que minhas defesas, dissolutas
Desabam aos versos, vencidas
Pelas lágrimas absolutas, remidas
Imagens do que já foi a vida
Tonho França.