NOVE ANOS PASSADOS
 
        
Vinte e três anos
    incansáveis na lida
    pela justiça e direito;
    injustiças, desenganos
    marcaram sua vida
    e rasgaram seu peito.
 
    Com fé e otimismo,
    inimigos ao seu lado...
    jamais se entregaria
    ao insano ostracismo,
    pois no voluntariado
    sentia toda sua alegria.
 
    Mesmo tão vulnerável,
    crendo na humanidade,
    como na flor do jardim,
    expôs-se à falsidade
    mais amarga que o fel
    que só queria o seu fim.
 
    Até que o fim chegou,
    mas a missão incompleta
    obrigou-lhe a ficar
    e a magia transformou
    o guerreiro em poeta,
    para a vida declamar. 
 
    Nove anos passados,
    dessa transformação,
    já não lhe importa a dor.
    Muros mentais derrubados,
    no caminho dessa missão, 
    “ainda acredita no amor”.
 
                      SP – 26/11/09
 
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 26/11/2009
Reeditado em 26/11/2009
Código do texto: T1945035
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