NOVE ANOS PASSADOS
Vinte e três anos
incansáveis na lida
pela justiça e direito;
injustiças, desenganos
marcaram sua vida
e rasgaram seu peito.
Com fé e otimismo,
inimigos ao seu lado...
jamais se entregaria
ao insano ostracismo,
pois no voluntariado
sentia toda sua alegria.
Mesmo tão vulnerável,
crendo na humanidade,
como na flor do jardim,
expôs-se à falsidade
mais amarga que o fel
que só queria o seu fim.
Até que o fim chegou,
mas a missão incompleta
obrigou-lhe a ficar
e a magia transformou
o guerreiro em poeta,
para a vida declamar.
Nove anos passados,
dessa transformação,
já não lhe importa a dor.
Muros mentais derrubados,
no caminho dessa missão,
“ainda acredita no amor”.
SP – 26/11/09