Às vezes...Tão só...
Às vezes sinto-me tão só ...
Dá um vazio...
Tenho frio! Sinto frio na alma ...
Posso gritar, não me ouvem...
Meu olhar está gritando ...
Mas, meu grito é mudo ...
E todos ... Todos parecem surdos!
...Surdos pelas conveniências.
Hipócritas idealizadores de fachada!
Não sinto meu coração bater,
Pois ele treme, ele freima!
Perco o direcionamento ...
Meu barco perde o leme ...
Fico à deriva ... Tão só ...
Eu e as águas do meu pranto ...
Meu pranto dói, dói, sangra!
Sinto-me a beira de um abismo ...
Levo comigo a desesperança
Dos inocentes pelos quais choro ...
Mas, quando estou quase caindo
Ergo-me para gritar mais forte
E todas as forças do meu ser eclodem ...
Agora sei. O universo está comigo!
Ouviu meu grito. Já não estou mais só!
Pras injustiças da vida
Uma prece bem proferida
Faz a esperança voltar ...
E, como uma inocente criança
Ela leva uma energia tão plena,
Que o meu choro e o meu grito
Valeram a pena.
Sinto agora o coração palpitar
E para os inocentes ele há de levar
O pulsar da minha forma de amar
Junto com uma energia boa, serena ...