Sombras do meu jardim

Posso morrer de tristeza.
Perder-me dentro de mim.
Cair em um poço de incertezas.
Fazer das sombras o meu jardim.

Como vampiro sedento por sangue,
saindo à noite pela cidade vazia.
Fico a espreita, esperando, estanque.
O escuro me protege, é o meu guia.

Despeço-me da lua, o dia já vem.
Caminho pelos cantos, não sou ninguém
Esgueiro-me pelas ruas e muros

Não tenho passado, nem futuro.
Sou uma sombra de mim mesmo.
Sou o que sou e vivo perdido... A esmo.

Paulo Siqueira Souza
Enviado por Paulo Siqueira Souza em 25/11/2009
Reeditado em 02/02/2010
Código do texto: T1943333
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.