Madrugada

Nossa normalidade escarrada cara a cara

Pessoas estranhas na madrugada

Buscando prazeres pouco viáveis

Dores da ausência

Sexos em evidência

Ligações, conversações, imaginações

E um nada pra entender, outro alguém pra conhecer

Um anti-fluxo, refluxos num outro jardim

Abdicando de todo luxo para ver o que resta a mim

Estranhamentos, contentamentos tão simplórios

Logo após o chão, a essa toda depravação

O dia amanhece

A madrugada sem rumo, sem dono

Então se esquece.