Desenho-te sem pressa
em folhas variadas
gravo-te sem rodeios
em qualquer superfície
gosto de riscar-te na areia
apagar teu rastro sinuoso
e reescrever-te
Gosto de brincar contigo
esculpir as tuas formas
registrar tua existência
em aparências variadas
Juntar voz e pensamento
em canções irresponsáveis
encastelar-te em colunas
a que chamo de poemas
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