BRISA

Fim de tarde...

Sentado em um vasto jardim,

Pensamentos perdidos em devaneios,

O homem surpreendeu-se acariciado pela brisa

Que suavemente tocou seu rosto....

Ternura amiga a embalar suas esperanças...

Lamento antigo a rodopiar tantas emoções...

Um ligeiro frio percorreu o seu corpo...

Tentativa vã de despertá-lo de suas fantasias,

A perderem-se no tempo,

Inacabadas nas realizações,

Aprisionadas nas grades da mente,

Contidas por um coração sofredor...

Galhos eram agitados pelo vento sul,

Salpicando o campo com pequenas folhas caídas,

Murmurando em baixo tom,

Uma melodia que já se ouvira antes...

Sussurro inebriante...

Acalanto embriagador...

Ou seria o riso de um duende

A espreitar, sorrateiro,

Aquele irresistível sonhador?

Marcia Etelli Coelho
Enviado por Marcia Etelli Coelho em 24/11/2009
Código do texto: T1941061
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