BRISA
Fim de tarde...
Sentado em um vasto jardim,
Pensamentos perdidos em devaneios,
O homem surpreendeu-se acariciado pela brisa
Que suavemente tocou seu rosto....
Ternura amiga a embalar suas esperanças...
Lamento antigo a rodopiar tantas emoções...
Um ligeiro frio percorreu o seu corpo...
Tentativa vã de despertá-lo de suas fantasias,
A perderem-se no tempo,
Inacabadas nas realizações,
Aprisionadas nas grades da mente,
Contidas por um coração sofredor...
Galhos eram agitados pelo vento sul,
Salpicando o campo com pequenas folhas caídas,
Murmurando em baixo tom,
Uma melodia que já se ouvira antes...
Sussurro inebriante...
Acalanto embriagador...
Ou seria o riso de um duende
A espreitar, sorrateiro,
Aquele irresistível sonhador?