[Confesso]
["Digo sempre a verdade. Não toda, porque dizê-la toda não se consegue" – atribui-se a Lacan]
Ah, quantas vezes mentiste,
quantas vezes menti...
Proteção de um ao outro?!
Se já havíamos mentido uma
por que não mentiríamos duas
ou mais vezes?! Veneno, veneno...
Será que o mundo merece
a minha verdade, a tua, ou a dele?
O mundo não quer saber
das verdades de ninguém,
O mundo dança as suas farsas,
mas eu nunca aprendi a dançar!
[Penas do Desterro, 10 de agosto de 2005]
Caderninho das Cidades Mortas, p. 13,
para a minha coletânea "O Viés dos Sentidos"