nao sei porque

nao sei porque

um dia te fiz meu esteio

meus sonhos

meus devaneios

devem ter sido

teus olhos

teus seios

o silencio da tua voz

gravada dentro dos meus ouvidos

nao sei porque

nao consigo

teus abracos

teus beijos

mexiam tanto comigo

tiravam pedacos

sucumbiam desejos

roubavam suspiros

e me deixavas assim

caido aos teus pes

quase morto

aos pes da tua cama

com marcas no corpo

e o peito em chamas

nao sei porque

o que fazias em mim

era insano

logo eu

teu unico homem

teu unico amor

me deixavas supor

ser teu unico dono

o que querias de mim

eu nao tinha

se tivesse

de certo te daria

pobre de mim

que so' te querias

minha

rainha

soberana da minha euforia

inteiramente dona da minha poesia

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 23/11/2009
Reeditado em 24/11/2009
Código do texto: T1940487