nao sei porque
nao sei porque
um dia te fiz meu esteio
meus sonhos
meus devaneios
devem ter sido
teus olhos
teus seios
o silencio da tua voz
gravada dentro dos meus ouvidos
nao sei porque
nao consigo
teus abracos
teus beijos
mexiam tanto comigo
tiravam pedacos
sucumbiam desejos
roubavam suspiros
e me deixavas assim
caido aos teus pes
quase morto
aos pes da tua cama
com marcas no corpo
e o peito em chamas
nao sei porque
o que fazias em mim
era insano
logo eu
teu unico homem
teu unico amor
me deixavas supor
ser teu unico dono
o que querias de mim
eu nao tinha
se tivesse
de certo te daria
pobre de mim
que so' te querias
minha
rainha
soberana da minha euforia
inteiramente dona da minha poesia