Vozes do silêncio
O eco surdo do tempo
transpõe a fúria do vento
fincando esporas de dores
nas sombras que de mim
se apartaram
Lágrimas do silêncio
varrem de minha face
as infinitas luzes
das últimas estações
Madrugadas orvalhadas
espalham sonhos em arco-íris,
ressuscitando o sol da queitude
em cristal que se pretrifica
Conceição Bentes
23/11/09