O meu poema
Prostrado o meu poema
Não semove.
Prostrado e desconfiado,
Prende-se a minha garganta,
Não grita.
Perplexo o meu poema
Já não chora.
Estagnado pela dor,
Se envolve.
Choroso e desconfiado
Fica o meu poema
Qual menino medroso,
Esconderijo a buscar.
Quem quererá
Erguer o meu poema?
Que força me virá socorrer
E pôr, de novo,
Voz ao meu poema?