O meu poema

Prostrado o meu poema

Não semove.

Prostrado e desconfiado,

Prende-se a minha garganta,

Não grita.

Perplexo o meu poema

Já não chora.

Estagnado pela dor,

Se envolve.

Choroso e desconfiado

Fica o meu poema

Qual menino medroso,

Esconderijo a buscar.

Quem quererá

Erguer o meu poema?

Que força me virá socorrer

E pôr, de novo,

Voz ao meu poema?

Otelice Soares
Enviado por Otelice Soares em 23/11/2009
Código do texto: T1939720