MINHA IMAGINAÇAO
Minha imaginação
Minha imaginação poética
surgem das entranhas
dos sertões ressequidos
da minha terra.
Terra sem mãe e sem pai
terra órfã e sofrida
que só a catingueira e o mandacaru
resiste à secura do sertão.
Terra seca sol inclemente
estradas poeirentas
e fogo que sai do chão.
E do fundo das crateras
soam vozes suplicantes
manda chuva pro sertão!
E os galhos ressequidos
se levantam como braços
clamando a Deus proteção.
E até os passarinhos
migram deste sertão
a terra fica tão seca
só o juazeiro resiste
a secura do sertão.
Das profundezas
elas clamam, água!
Estou sedenta!
Cai chuva nessas crateras
para matar esta sede.
Porque nas minhas entranhas
a tristeza é tão grande
porque de mim nada brota
a não ser esta poeira
que entristece este sertão.
De: Terezinha C Werson/ Maceió