MINHA IMAGINAÇAO

Minha imaginação

Minha imaginação poética

surgem das entranhas

dos sertões ressequidos

da minha terra.

Terra sem mãe e sem pai

terra órfã e sofrida

que só a catingueira e o mandacaru

resiste à secura do sertão.

Terra seca sol inclemente

estradas poeirentas

e fogo que sai do chão.

E do fundo das crateras

soam vozes suplicantes

manda chuva pro sertão!

E os galhos ressequidos

se levantam como braços

clamando a Deus proteção.

E até os passarinhos

migram deste sertão

a terra fica tão seca

só o juazeiro resiste

a secura do sertão.

Das profundezas

elas clamam, água!

Estou sedenta!

Cai chuva nessas crateras

para matar esta sede.

Porque nas minhas entranhas

a tristeza é tão grande

porque de mim nada brota

a não ser esta poeira

que entristece este sertão.

De: Terezinha C Werson/ Maceió

terezinha c werson
Enviado por terezinha c werson em 22/11/2009
Código do texto: T1938260