Vampiros da madrugada

Altas horas da madrugada,

eu dormia,

um sono profundo,

sonhando,

com a minha namorada.

Foi quando nele

se intrometeram

sem que eu percebesse,

vampiros famintos,

que em atos patéticos,

sugavam-me com gula,

das veias dilatadas,

o meu sangue poético.

Curiosamente,

eu me senti satisfeito,

tendo em vista o fato,

que todos faleceram,

pois o meu sangue

não continha

os nutrientes

da inspiração

e, não sustentaram

a sede e a fome

voraz daqueles seres

inclementes.

Somente hoje, entendo,

porque em época passada,

o meu mestre de literatura,

dizia-me convicto:

não se preocupe, Jaime,

você jamais será poeta,

mas, em compensação,

independente da época

ou da sua idade,

terá por toda a sua vida,

plena e total imunidade

contra as vampiragens.

Após anos decorridos, constatei

com grande satisfação,

que assim dizia, não por maldade,

mas, por uma invejável faculdade,

que ele possuía em prever

o futuro com antecipação.

Portanto, chô...chô... vampiros

da madrugada, afastem-se de mim,

se não quiserem morrer

da falta de inspiração

dos versos, estrofes e poemas

que compõem as minhas

poesias mal elaboradas.

Jaime Rezende Mariquito
Enviado por Jaime Rezende Mariquito em 22/11/2009
Reeditado em 27/12/2009
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