Beijos de esquinas...

Pegadas na areia fina... Um gosto de salina, nos calcanhares.

O mar lambe as curvas de uma história... Um rarefeito plano.

Chama o sol... Clareia as infinitas ondas... O horizonte paralelo que quase alinhas, em grande salto.

Ouvi, em concha, os ditos da tua boca... Ouvimos, em alto som, os dizeres da pele... O arrepio da construção...

Beijam-se as nossas esquinas...

Em letras, dito... Em versos, amo... Em flores, construimos os dias...

Nossos, e de tantos outros monumentos...

A vida em gotas de orvalho... Da esperança dos verdes matos... Retorcemos os galhos... Formamos andares.

Encontro-te na esquina... Nas curvas de um vento qualquer...

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