ESCREVA
Preciso de lágrimas para escrever
Não de tinta
Um poeta chora sobre a folha de papel
Ninguém sabe o motivo
Só ele
Os rascunhos se perdem
Na velha escrivaninha
E um dia eles retornam
Mais fortes ainda
Paciência, poeta!
Já está amanhecendo
Tua alma está inquieta
Teu sono não vem
Não minta para si
Não engula este grito
E antes que as palavras ecoem
No teu coração tumultuado,
Escreva