NÃO ME DIGAS O SILÊNCIO
Não, não faças isto
Não me deixes de vez
Mesmo que por fim
De vez será
Não me deixes sem o sentido
Sem o tino
Ao deus-dará
Não, não faças isto
Que o teu é o meu motivo
Sem o qual não vives
Sem o qual não vivo
Não me digas o silêncio
Que nele eu sei ler
E, se calas desse jeito,
Tudo emudece
A poesia
De agonias tantas
Adoece
Fenece