Voltar para mim.

FVC maio de 1998

Quero sair por todos os lados,

quero sair sem rumo por ai.

Não acredito em rumos traçados,

viver o presente, o que está aqui.

Não mais olhar todos os erros,

mas sempre tomá-los como lição.

Me orientar junto aos acertos,

e sem medo traçar nova direção.

Quebrar as paredes e os muros,

ser uma pássaro como antigamente.

soltar novamente os meus uivos,

correr nú em um campo abertamente.

Trocar as lâmpadas e pintar as faxadas,

expirementar um novo tom uma nova tinta.

Subir a casa, mudar, fazer escadas,

e só deixar o que resta ainda.

Me sinto grande o bastante,

um pouca maior do que antes.

Para atravessar a rua me dê sua mão,

já que niguém quer me dar o coração.

Sei que sou livre e já tenho liberdade,

e assim sigo enfrente em mudança.

Vou enfrentar os dragões da minha idade,

mas virá o tempo da bonança.

E sei que um dia estarei restabelecido,

parte por parte, alicerce e estrutura.

E sei que um dia sorrirei de todo acontecido,

e com novos olhos seguirei pela rua.

ops.: tinha 17 anos quando escrevi isso...abraços poéticos

Fernando Lobos
Enviado por Fernando Lobos em 21/11/2009
Código do texto: T1935297
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