Voltar para mim.
FVC maio de 1998
Quero sair por todos os lados,
quero sair sem rumo por ai.
Não acredito em rumos traçados,
viver o presente, o que está aqui.
Não mais olhar todos os erros,
mas sempre tomá-los como lição.
Me orientar junto aos acertos,
e sem medo traçar nova direção.
Quebrar as paredes e os muros,
ser uma pássaro como antigamente.
soltar novamente os meus uivos,
correr nú em um campo abertamente.
Trocar as lâmpadas e pintar as faxadas,
expirementar um novo tom uma nova tinta.
Subir a casa, mudar, fazer escadas,
e só deixar o que resta ainda.
Me sinto grande o bastante,
um pouca maior do que antes.
Para atravessar a rua me dê sua mão,
já que niguém quer me dar o coração.
Sei que sou livre e já tenho liberdade,
e assim sigo enfrente em mudança.
Vou enfrentar os dragões da minha idade,
mas virá o tempo da bonança.
E sei que um dia estarei restabelecido,
parte por parte, alicerce e estrutura.
E sei que um dia sorrirei de todo acontecido,
e com novos olhos seguirei pela rua.
ops.: tinha 17 anos quando escrevi isso...abraços poéticos