Eu e o tempo

FVC abril de 2000

E o sol brilhou na minha janela,

e o vento sem rumo aqui bateu.

Abri para ver se era ela,

e ao abrir vi que era eu.

Descobri com a luz do sol,

que a chuva vem para molhar.

E abro o seleiro e meu paiol,

nova semente vou cultivar.

E hoje graças a esse tempo,

saio na chuva sem medo de me molhar.

E hoje me sinto e sinto o vento,

sol nova semente a fecundar.

E fico a noite a sós no sereno,

inventando histórias de nova maneira.

Meu sonho grande é ser pequeno,

mas com a mesmo força da estrela.

E o tudo me disse um "oi",

parece-me estar tudo bem.

Não quero saber do depois,

quero somente ser esse alguém.

E o presente que é semente,

e a chuva que agora molhou.

Foi o tempo que fez o cultivo,

arvore vida, que mal começou.

Fernando Lobos
Enviado por Fernando Lobos em 21/11/2009
Código do texto: T1935239
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