Ausência

Tão acostumada a sua companhia

A sua pessoa, que enfeita o meu dia

Que me agito frente sua ausência

Sem que perceba, lido com impaciência

Ao inusitado que o vazio provocou

Uma saudade, ou um leve dissabor...

A tarde corre, e a noite se aproxima.

Ao procurá-lo não há nenhum vestígio

Não há você e, portanto não há rima

Reconheço o teor de seu prestígio!

Interessante a lacuna que ficou

E sem nenhuma graça este dia terminou

É noite... E nada

Apenas um silêncio gritante

Reconheço-me agora preocupada

Tecendo conjecturas delirantes

Ah! Nem sei na verdade como estou

Apenas sei que a espera se esgotou

Decido então enviar este recado

Na esperança de chamar sua atenção

Afinal, você está completamente enganado

Se imagina que não me provoca nenhuma reação

E ao enviar meu desabafo, que ironia

Perco também a companhia da poesia...

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 24/05/2005
Código do texto: T19346