Ausência
Tão acostumada a sua companhia
A sua pessoa, que enfeita o meu dia
Que me agito frente sua ausência
Sem que perceba, lido com impaciência
Ao inusitado que o vazio provocou
Uma saudade, ou um leve dissabor...
A tarde corre, e a noite se aproxima.
Ao procurá-lo não há nenhum vestígio
Não há você e, portanto não há rima
Reconheço o teor de seu prestígio!
Interessante a lacuna que ficou
E sem nenhuma graça este dia terminou
É noite... E nada
Apenas um silêncio gritante
Reconheço-me agora preocupada
Tecendo conjecturas delirantes
Ah! Nem sei na verdade como estou
Apenas sei que a espera se esgotou
Decido então enviar este recado
Na esperança de chamar sua atenção
Afinal, você está completamente enganado
Se imagina que não me provoca nenhuma reação
E ao enviar meu desabafo, que ironia
Perco também a companhia da poesia...
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas