NA SOLIDÃO DA NOITE

NA SOLIDÃO DA NOITE

MOR

De um sonho acordar

Nunca mesmo será tarde.

Para a vida melhorar

O sonho fez o alarde.

De todas as felicidades

Que por elas já passei.

Gostei de comodidades

Sempre me acomodei.

Este sonho, que,

Já parecia medonho.

E logo se acordou

Quando a voz escutou.

Foi um longo meditar

Na escuridão da noite.

Nem podia acreditar

Daquele grito o açoite.

Mirando lá na história

Naquele calabouço.

Logo veio na memória

Do grito que ali ouço.

O preto velho apanhando

Depois daquele resgate.

Sendo ali mutilando

Do escravo o desgaste.

São José/SC, 20 de novembro de 2009.

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Asor
Enviado por Asor em 20/11/2009
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