AMORE D'OUTONO.
AMORE DE OUTONO.
Caneca de vinho
Não se pode ficar sozinho
As noites são longas e frias
Geralmente solitárias e vadias
Tempo demais pra se beber só
Tempo de mais pra se ficar só
Na lareira crepita o fogo
E entre nós começa o jogo
De caricias
De malicias
De doçura
De loucura
Uma manta para nos
Não importa o mundo estamos sós
Eu você e o vinho
A lareira o fogo nosso ninho
O frio de repente vai embora
O vento range e chora lá fora
Sinto seu coração
Ponho a minha mão
Por entre sua blusa aberta
E minha mão lhe aperta
Vejo seus seios
E a eles tateio
E por eles passeio
Na busca do que anseio
O seu beijo é morno
E tudo gira em torno
Como se o mundo parasse
É nos é que girássemos
De olhos fechado sei o seu mapa
Roubo teu corpo da capa
E lhe degusto ao brilho da fogueira
Que resplandece de nossa lareira,
Você tem cheiro de flor
Teu corpo quer amor
Nos damos
E nos amamos
E nessa quimera
Lá fora é outono
Aqui dentro é primavera!
Santaroza