Cega Ilusão

Nascidas agora do silêncio das minhas mãos vazias
que outrora te falavam,
minhas noites são ausentes e frias.
Você guardou-se em mim. E permanece,
insistente lembrança já perdida,
tronco oco partido que ainda cresce.

Que além do teu corpo de promessas cheio,
eu tenha esperado mais de ti
é inexplicável desatino - assim creio.
Tantas outras coisas impossíveis em ti não nego
para dar cor à minha ilusão opaca.
E te vejo assim porque sou cego.
Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 20/11/2009
Reeditado em 21/11/2009
Código do texto: T1933839
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