ANDARILHO
Tateando esse deserto,
onde sedento de ti vivo a vagar,
perdido, sem destino
ou rumo certo...
prossigo insistente a procurar.
Minha busca é o oásis dos teus olhos,
qual um nômade, andarilho,
vou seguindo,
meus passos vão vagando
e o sol a pino
confunde em minha mente
o longe e o perto...
Miragens vão surgindo à minha frente:
teu rosto, teu sorriso
insistente,
o tom da tua voz meio encoberto
e o gosto de teu beijo
antigo e quente.
Prossigo com meu passo
procurando,
o sonho que já tive
em minhas mãos,
agora peregrino sigo andando,
coberto pelo céu
sem rumo ou trilho,
sedento pelo oásis dos teus olhos...
de teu amor... faminto
...andarilho.