Procelas...
A exigência de um sentido para minhas sensações
Não é somente intelectual
Se tento entender os fantasmas que me invadem
e me aprisionam a vontada
É para avaliar o impacto causado pelo ostracismo de mim...
Sentimentos com uma força autônoma
Que exercem sobre mim,
Um controle por vezes tirânico
E corro por dentro dos vales dos meus pesadelos
Na busca de minhas respostas
Na esperança de encontrar-me
Quem sabe, ainda viva.
Já que me sinto por vezes
Totalmente morta...
Sonhos que invadem meu inconsciente
Sempre me roubando do dia...
E me sepultando na noite
A verbalizar-me meus medos e desesperança
Dos meus sonhos sou:
A cena, a atriz, a autora, diretora, e mais duramente critica...
O espectadora de minhas mazelas
Sou a tristeza, as dores sentidas no corpo.
Quando esfacelo-me na vida e suas procelas
Lúdicos sonhos, oníricos momentos.
Intrínseca vontade de cantar... Falha-me a voz
E choro ouvindo os sons do silêncio.