Carnavais, máscaras e primaveras
Já se passaram dezoito carnavais,
com quantas máscaras pulei?
De quantas não me desfiz
e à poeira não entreguei?
Foram dezoito primaveras,
mas quantos infernos eu já causei?
De quantas quartas de cinzas precisarei?
Pra renascer nem mesmo eu sei,
se o que me tornei
foi produto do meu querer
se o que desejei
foi só um sonho a mais a perecer
em meio à penumbra,
um horizonte vejo amanhecer
em plena madrugada,
a noite fria, tudo me faz conceber
um quase nada, quase tudo,
quase sem querer
o meu silêncio, a minha dor,
bastante demodê