Carnavais, máscaras e primaveras

Já se passaram dezoito carnavais,

com quantas máscaras pulei?

De quantas não me desfiz

e à poeira não entreguei?

Foram dezoito primaveras,

mas quantos infernos eu já causei?

De quantas quartas de cinzas precisarei?

Pra renascer nem mesmo eu sei,

se o que me tornei

foi produto do meu querer

se o que desejei

foi só um sonho a mais a perecer

em meio à penumbra,

um horizonte vejo amanhecer

em plena madrugada,

a noite fria, tudo me faz conceber

um quase nada, quase tudo,

quase sem querer

o meu silêncio, a minha dor,

bastante demodê

Lucas Sidrim
Enviado por Lucas Sidrim em 19/11/2009
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