FERINDO A MÃO QUE CUIDA
FERINDO A MÃO QUE CUIDA
Certo jardineiro cultivou uma flor,
Com carinho e muito amor,
Era uma flor tão formosa,
Igual no jardim nunca houve,
Fez o jardineiro seus projetos,
Todos incluíam a tal flor,
O ramo cresceu, veio o botão,
Logo depois a flor desabrochou,
Alegre pela manhã o jardineiro acordou,
Foi correndo para colher a sua criação,
Quando lhe cortou o galho,
Um espinho venenoso a mão lhe furou,
E antes que a coisa pior ocorresse,
A flor foi desprezada
E permaneceu ali no chão,
Num desprezo muito grande,
Porque havia ferido de morte
Do jardineiro a mão.
O Poeta da Solidão