TEM JEITO NÃO...
TEM JEITO NÃO...
Quando me invade essa saudade
Como ferro em brasa de maldade
Deprime-me o coração
E me aflora a solidão
Da-me um nó na garganta
E nada mais me encanta
Nem a brisa, nem o sol!
Nem a lua no arrebol
Nem o cantar do bem-te-vi
Nem o arrulhar da juriti
Nem os grilos em sinfonia
A floresta em poesia!
Essa dor é tão doida
Que parece uma ferida
Rasgada por um despeito
Qual avenida em meu peito
A jorrar toda a alegria
Que colhi por todo o dia
Esvai-se em pouco tempo
Como poeira ao vento
Se perdendo no alem
Ao encontro de ninguém!
Quando brota esse suplicio
Mais que dor é sacrifício
Que me Poe de quarentena
Minha alma se apena
E morre um pouco a cada hora
Por isso meu olho chora!
Onde está você agora?
SANTAROZA