NOITE
A noite parecia interminável,
Tingindo de angústia os corações solitários,
Preenchendo-se de nostalgia pelos amores esquecidos.
Só não era tenebrosa para aquele homem
Que, com olhos de aprendiz,
O céu contemplava...
As trevas não mais o perturbavam.
A paz interior, lentamente conquistada,
Abrandava a escuridão daquele momento...
Uma tênue luz afirmava-se no horizonte...
Era a lua que vinha, pouco a pouco,
Refletir-se em fragrâncias febris,
Libertando as paixões que foram aprisionadas...
Como era tolo o medo de ser feliz...