TEMPO ESTE MATREIRO

Na beira da tardinha

onde a preguiça se esfrega

onde a coceira faz pressa

e a pressa faz prece

canta a saudade matreira

se esgueirando nos raios

do sol-dia que já se foi

latejantes alaranjados

surge no meio de um peito

cansado da galhardia

a ânsia de um novo dia

que se arrasta pra chegar

e assim a noite chega

mexericando no umbigo

amolecendo os gambito

nos levando Pra deita

o tempo, este malandro

vem buli nos calcanha

hora empurra, hora breca

mas não cansa de espera

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 18/11/2009
Reeditado em 09/06/2013
Código do texto: T1929593
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