TEMPO ESTE MATREIRO
Na beira da tardinha
onde a preguiça se esfrega
onde a coceira faz pressa
e a pressa faz prece
canta a saudade matreira
se esgueirando nos raios
do sol-dia que já se foi
latejantes alaranjados
surge no meio de um peito
cansado da galhardia
a ânsia de um novo dia
que se arrasta pra chegar
e assim a noite chega
mexericando no umbigo
amolecendo os gambito
nos levando Pra deita
o tempo, este malandro
vem buli nos calcanha
hora empurra, hora breca
mas não cansa de espera