Ausente
Ausente de mim mesma,
sendo o reflexo de uma existência fria,
sigo entre as imagens partidas
que pouco a pouco
vão compondo uma humanidade vazia.
Sem sentir o chão que piso
caminho por entre as brumas da multidão,
não há vida, não há sonhos,
apenas imagens refletidas em vidas vazias
que seguem perdidas sem nenhuma ilusão.
Um corpo só sem alma,
não há som nas palavras geradas em jazigos,
silencio de dor que não conforta nem acalma,
mutilando a semente na origem do sentido
que ausente é apenas o reflexo que espalma
a vida em corpo sem sonho e vazio.