MONET EM GIVERNY
Às vezes, sonhos divinos
Se mostram ao mundo...Pelas mãos dos artistas
E para os olhos dos que admiram
Emoldurados sob o arco brilhante
Todos os sonhos de Monet... Os velhos e os novos,
Ao som das luzes de seus cantos
Se encontram...Se encantam ...
O artista se mistura...Ao seu sonho
Em realidade.
Coloca todo ardor de sua vida a luzir...
Em suas últimas telas...
Faz-se o belo...Faz-se o vero...
E exclama em poesia
A pintura
Com que o artista se despede...
O céu o espera...
Uma ponte tênue,
Uma travessia sobre o Tempo,
Traz a fantasia...Por cima das cores
Deixada pela luz
Que se dilui nas águas...
Lilases, azuis e verdes
São ofertas dos céus às flores
E aos olhos negros
Que a todas as luzes e cores
Conseguem das telas absorver.
Dos sonhos surgem
Ninféias japonesas
Tornando-se mais que doces
Nas vibrantes emoções das cores
Agigantam-se o entardecer das primaveras
E as manhãs semeadoras do tempo...
O artista constrói mundos inteiros
Nas águas do jardim...
Giverny...
Onde o Mundo viverá sonhos inteiros...
Candidamente pintados
Sobre as telas
E sobre novas vidas
Recriadas
À espera de teus olhos negros...