Dependente do Dispêndio

Tudo o que eu puder comprar,

Mais o que adquiri,

Junto com o que ganhar,

Ignoro a divida que contrai.

Não separo necessidade e desejo

Também nunca estou satisfeito

Se pintar uma promoção,

Precisando ou não, eu aceito.

De vez em quando até tento resistir

Mas não posso pensar na possibilidade

De ver meu patrimônio diminuir.

Um tempo atrás eu quis parar

Sempre soube que era vaidade

Mais aí surgiu na vitrine,

mais uma novidade.

Não me contive e comprei,

até hoje não sei a finalidade.

Dinheiro nunca foi problema, e sim solução.

Se eu não o tiver em mãos,

Pra isso serve o cartão.

Muitos concordam comigo,

Alguns dizem que é falta de prumo

Uns idealizam sonho,

Outros Pesadelo de consumo.