MANHÃS DE AMORES

As manhãs lavam ruas íntimas

E descem em rios de luz

Escorrendo pelos meio-fios

Meus portos navegam navios de ilusão

Gaivotas são vestes de anjos

Bailando na amplidão

Barcarolas paradas sobre ondas

Cantam canções de solidão

Ossos se quebram

Escorrem líquidos

Licores sabores

Vermelhos

Fugazes

Adeuses

Rumores

As ruas lavam as manhãs

De tantas cores

Veredas repletas

De flores

As flores colhem as manhãs

Dos meus amores