A TARDE

Eu sempre gosto de escrever dentro da tarde.

Tenho-a como amigo, inspira-me confiança,

Faz-me sentir esta sensação de liberdade,

Ao me mostrar o quanto é bela a esperança.

A tarde para mim é do tempo, pedaços

Da qual aproveito os meus momentos,

Apesar dos seus curtos braços

Acaricia-me a alma e os pensamentos.

Enquanto o dia se despende mansamente,

Ela (a tarde) tão pequenina e pouca,

Chega humilde e vem naturalmente

Colocar palavras doces em minha boca

que passo para o papel, porque estás longe

E faço com que chegue até você a saudade;

E sem fazer perguntas veste-se como monge

O seu roupão singelo, sem vaidade...

E vai cumprir sua tarefa que é esperar

um outro dia, faça chuva ou faça sol,

Ela volta tão pequenina e chegando devagar

Ainda mostra-me na vida o maravilhoso arrebol.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 15/11/2009
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