QUASE...
Quase...
Disse ser amor o que sentiu no acaso,
prostou na cama adoeceu. Viveu a
vida no quase.Rumos e metas traçadas,
quase foi, e não chegou. Quase estrelou...
Quase concurso fez, e disse o que queria,
declarações no amor amando quem não
lhe queria! Quase...
Abriu correspondência no vapor de uma chaleira...
Ato de queimar retrato. Mudou os passos da dança,
da bossa para o chachado. Porre de vinho
tinto barato, náuseas sorveu o quase.
Sarjeta, homicida tornou, enlameou o
ser, foi farrapo e frangalhos. Passionalmente
quase vida abandonou, alma espreitar de longe,
livre arbítrio deu...Quase, no fio da navalha
teve sangue derramado.Quase...
Quase finalizado o terço a cantilena
o rosário, clamou escutando o canto
chegou onde queria. Quase não mais a dor!
Ergueu-se do lodo tétrico putrefato,
despiu-se dos farrapos, frangalho seus.
Cacos, olhando o quase de lado.
Por um triz. Quase...
deth haak
16/04/2005