Duras e tristes eram as palavras
Apunhaladas na escuridão da noite
E tanto sangue esvaindo incertezas
Em feridas tantas feitas de tristeza

Tristes e duras eram as palavras
Impiedosas, dançantes no silêncio
Esse tormento do inexplicável
Numa solidão insuportável

Mas agora que essas palavras morreram
Eu nasci, delas e do fim da escuridão
Ergui os olhos para outros horizontes
E meus passos buscaram a imensidão

Mas agora do silêncio como que uma canção
Solidão de quem muito busca um caminho
Nenhuma dor, nada, só essa calma
E tudo que não precisa de explicação

Agora essas palavras são palavras
Roçam suavemente os sentimentos
A caminhada, a busca, os passos
A estrada, o céu, o vôo dos pensamentos
De palavras que explicam palavras
E que iluminam esses momentos
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 14/11/2009
Reeditado em 28/08/2021
Código do texto: T1922608
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