Ébano!
A noite envolve a terra no seu negro véu...
E minha alma se reveste do tom
Sepultei as cores até nos sonhos...
Meu inconsciente traduz
A noite que minha alma mergulhou.
O dia se ausentou da minha vida...
Em meus devaneios perdi o rumo do sol.
Busco insensatamente a letargia das músicas tristes...
Prisioneira da solidão
Meu corpo sente falta
De um corpo colado ao meu...
Do frescor de um hálito morno
Perscrutando-me o rosto.
De mãos a me desvendar os caminhos...
De uma língua a degustar minha.
De uma voz a sussurrar palavras desconexas,
Carinhosas, indiscretas...
A noite envolve a terra com seu manto de ébano
Mas ela tem as estrelas, a lua...
Eu em contrapartida não tenho ninguém,
Só no silêncio da noite,
Sentindo a carícia da noite
Na minha pele nua
Sinto-me solitária, triste... Sua!