Entardecer...
Olhei o vento que corria em tua volta...
Éramos apenas uma morada.
Um vasto continente... Inebriantemente, corroía as voltas de uma vida escarlate...
O sol enfeitava o céu... Amadurecido pelas cores no mesmo tom...
Sintonia de milhares... Muros que escondem gente... Escondem fatos e elos...
Abriram-se as fechaduras do infinito... Olhei o amor mais bonito...
Vento forte, bem verdade... Mas o equilíbrio.
Andei na areia fina... Pisei o oceano em flor de lótus...
Amavelmente, embriagada com teu gosto...
Fiz do mundo o espetáculo cortez...
Corremos luas... Colhemos flores...
Comemos a vida pelas beiradas... Escancaradas vidas...
Essas, minha e tua.
Enrosco-me em cada poro... Envolvo-me em lenços coloridos...
Faço da poesia a concretude de ditos...
A alma, em fino laço de fita retirado pelos teus dedos...
Assim... O texto ganha o tom de merecimento.
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