Minhas Estações
"...Tantos caminhos desencontrados.
Tantas coisas pela metade.
Sem fim. Sem fundamento.
Quanto tempo perdi,
tentando me livrar da própria verdade.
Quanto menti pra mim mesma
abandonando meu refúgio
sincero e essencial...
Não sei se sobrevivi .
Não sei se ainda estou aqui.
Me vejo, me sinto,
mas estou oca de alma,
de coração, de sentimento...
Sou tão sozinha quanto um João de Barro
ferido no seu amor.
Sou feito um arco-iris desgastando
as cores no fim do mundo,
sem ninguém pra testemunhar...
Sou uma canção nostálgica e longa
daquelas que se ouve
sem que se saiba bem de onde vem...
Estou esperando alguma coisa
que não sei se virá. Alegre ou triste.
Sem imagens que alimentem meus olhos...
É como se o inverno ainda não tivesse terminado
e eu fosse, já, uma folha seca,
sendo levada pelo vento pra bem longe de voce...
Com outro alguém me despertando
antes do início da próxima primavera..."