REDE DE SEGURANÇA


Em uma das mãos, a argola
noutra, a pilha de palavras
ando na corda bamba

Existe o horizonte, longe, além
e o precipício abaixo

É sempre o óbvio que transparece
apesar do peso, a palavra levita
enquanto avanço o passo

A plateia apenas observa
alguns torcem por mim
outros querem meu fim

Por covardia não olho para baixo
enquanto o vento balança o fio
e o vazio envolve os sentidos

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