VIAGEM

Minha janela descortina a noite calma

E eu descubro uma galáxia rodopiante

Na imensidão girante das estrelas

Sou um minúsculo resquício

De poeira cósmica.

Tento seguir aquele astro alaranjado

Irmão do sol, talvez

Só mais distante.

Me perco em órbitas exatas

Minha imaginação se exalta

Na grandiosidade que me extasia

Os olhos.

Descubro brilhos gêmeos

Distantes um do outro

Que frente ao pouco alcance da visão

Se apresentam unidos como um todo.

Da janela me transporto

Em caminhadas errantes

Sem destino.

Sinto que o corpo imóvel lá ficou

Só o espírito voa e tudo alcança.

Errante ainda me encontro

No alucinante desejo de encontrar

A esperança

Em outro espaço, em outro mundo

Na desesperada tentativa de esquecer

Os meus problemas.

Giustina
Enviado por Giustina em 12/11/2009
Código do texto: T1920511
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