Cicatrizes
Maltrapilhos e morimbundos mundanos
Escravos da discórdia e da culpa
Bebem em taças de barro a sua usura
Chicoteiam a pele, sangram os panos
Envenenam pelo prazer do grito
Espantalhos soturnos e deletérios
Rasgam as vestes, ferem-se no mito
Por temerem as cicatrizes do monastério
Descem às chamas rubras, cínicos
Lentos se esvaem como chagas
Tragam as fragâncias da terra
Pútridos findam em desalento
Assim são os hominídeos:
Angústia sem fim!
Infelizes e doentes
Pois não sabem o que é a felicidade.