Orkutramóia (ou Tratado diminuto sobre redes sociais)

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Mais uma vez

o seu coraçãozinho

e eu aqui tão sozinho

nesse momento

aceitando de modo humilde

o teu depoimento

para renovar

meu coração senil

e remoldar

o “quem sou eu” do meu perfil”

Viver em comunidade?

já virou suplício

pois já estou em tantas comunidades

dando aquele arzinho de difícil

Perfeito seria o virtual

se ele andasse pertinho da gente

com roupa,trejeito e cabelo diferente

e fosse artifício de inclusão social,

não me tornando assim indigente,

embotado, auto-suficiente,

menos amado, quase plastificado

e dono de amor incoerente

Os tópicos de “eu confesso…”

Ah, abusei de pseudônimos,

O tal fake na linguagem alienada,

que muitas vezes apela no anônimo,

que todos usam de escrita errada

ás vezes super engraçada

para a graça de débeis como vocês

que insistem em zoar do nada

assinando em tiopês

cheinho de “qtalz” e “oiq’s”

O que fazer? Dar para trás?

Ou combater o /comofas??

Sinceramente, nem mais tô aqui

quem falou, cala-se por “finí”

e quem debochou de tudo só resta isso aqui:

nemri.