Ainda resta uma brasa!
Ainda resta uma brasa!
Das trovas que um dia fiz, todas se perderam pois as escrevi no vento e às vezes nas águas, premido que fui pela brevidade do tempo.
De nenhum delas tenho lembrança, exceto aquele em que tomado de espanto devido á tamanha beleza fez-me sussurrar um verso, ao vento sob o luar.
Só dessa me lembro, porque essa ficou atrelada á minh’ama como os amores ficam presos aos corações.
Ainda hoje me lembro, porque ainda fulgura em meu peito o amor que senti por ti.
E nem o tempo com suas distâncias saudosas, é capaz de aplacar em mim o lume dessa brasa, nem mesmo o vento que a assopra vez em quando!
Santaroza