MAR BRAVIO

O vento rugia como um leão enfurecido

e por entre as marés que se formavam

debatiam-se alvas e cristalinas

as brancas espumas do mar agitado.

Meu olhar perdido no horizonte,

fitava naquele momento a natureza inclemente,

que mostrava toda sua exuberância

como um torvelinho a girar furiosamente...

Por momentos quedei-me a contemplá-la,

esquecendo a dor que carrego no meu peito,

como uma ferida a dilacerar-me a carne,

por uma amor que partiu sem meu desejo!

Não sei porque, de repente tudo mudou,

como a natureza em sua inclemência,

e ela se foi deixando-me a certeza

que não voltaria jamais ao meu convívio...

Fiquei então a meditar na tua ausência,

atrelado ao meu suplício de querer amar,

buscando consolo para o meu espírito

e solitário continuei a contemplar o mar!..

gauchodiniz
Enviado por gauchodiniz em 12/11/2009
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