MAR BRAVIO
O vento rugia como um leão enfurecido
e por entre as marés que se formavam
debatiam-se alvas e cristalinas
as brancas espumas do mar agitado.
Meu olhar perdido no horizonte,
fitava naquele momento a natureza inclemente,
que mostrava toda sua exuberância
como um torvelinho a girar furiosamente...
Por momentos quedei-me a contemplá-la,
esquecendo a dor que carrego no meu peito,
como uma ferida a dilacerar-me a carne,
por uma amor que partiu sem meu desejo!
Não sei porque, de repente tudo mudou,
como a natureza em sua inclemência,
e ela se foi deixando-me a certeza
que não voltaria jamais ao meu convívio...
Fiquei então a meditar na tua ausência,
atrelado ao meu suplício de querer amar,
buscando consolo para o meu espírito
e solitário continuei a contemplar o mar!..