Encontro
Chegou ele com sua nova feição... Não era um bom dia.
Eu também cheguei diferente – com os olhos quase no chão.
Não pude ouvir o eco da criança que já não sorria em mim...
De quantos semblantes marcaram nossos raros e inventados encontros?
De quantas penas, formaram nosso ninho?
Não sei dizer.
Naquele dia nossos olhos já não possuíam cor; nossos corpos eram etéreos.
O vento nem mais existia e não balançava nenhuma flor.
A noite varou o dia e minha alegria virou dor, deixando uma sensação insuportável de que tudo fora em vão.
Então, peguei cada lágrima esparramada no chão, apertei forte nas mãos, para brotar alguma flor.
Flor com fisionomia de amor.
Este que já foi jogado...
Virado lodo – a perfeita forma para nós.
Jamais!
fevereiro/2005
Fevereiro/2005