SEMENTE PERSISTENTE
Procuro o asfalto no duro
Sem rumo gelada vou
Preciptando-me nas pegadas
Desfazendo-me em dor
Neste momento impreciso
Nem a ventania chega
Para levar o odor o horror
Alheio à qualquer compreensão
Cansada preciso mirar
O mar a despreender meus dós
Intensos deste martírio
Quase já sem ritmo resto
Como um parêntese discordante
A poesia esta resiste
Penetra nas almas
Como semente persistente.
Iára Pacini