Adoção

Seja meu poeta amigo

Nas horas tristes de solidão

Na lágrima que rola pela face

De tão antiga

Petrificou-se e virou pó

Nestas mãos unidas pela devoção

Ao criador, imploro pela adoção

De um ente querido e aguerrido

Que me faça tão bem quisto e amado

Neste mundo absurdo e sem compaixão

Acolha-me nos braços e me cante uma canção

Até que eu adormeça de mansinho

Sem medo, sem rejeição

Tomada de súbito amor por este ilustre

Amigo poeta

Irmão