À verdade
A Lua, que pelas montanhas e prados
Manifesta-se a qualidade do viver no sertão
Sobre tua linda face clara e magnífica
Esparrama somente a pura claridade no chão.
Nasceste tu para a Lua, és de fato verdadeira
Em plena clareza, machuca o nosso coração
Brilho que clareou, desvendou todo o engano
Para uma notabilidade da séria harmonização
A Lua, que é mãe da noite, e sempre diz a verdade
Agora se ergue o meu pedido quase frenético:
Não deixe que ela nunca se revele só na ansiedade.
A vida em ti, que é esperança da grande sobriedade
De modo que não demore muito findar o anoitecer
Sobre a madrugada radiosa do campo e da cidade.